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Com alta de preços e crédito escasso, cresce procura por carros ‘velhinhos’


Por Redação / Agora no Vale Publicado 10/04/2023
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Foto Ilustrativa

Automóvel zero quilômetro muito caro, juros altos e crédito escasso intensificaram um movimento que já vinha ocorrendo no mercado brasileiro: o aumento na procura por modelos usados. E, dentro desse segmento, cresce também o deslocamento da demanda para carros bem mais rodados, com mais de uma década de uso.

Essa mudança ganhou impulso nos últimos quatro anos. As vendas de carros usados com até dez anos (chamados de seminovos e jovens usados) caiu de 63,7% do total das vendas, em 2019, para 51% no ano passado. Já a participação dos carros acima de dez anos nesse mercado passou de 36,3% para 49% nesse período.

A faixa que mais perdeu consumidores foi a de carros com 4 a 7 anos, que caiu de 30,7% das vendas totais de usados para 19,8%. A que mais ganhou foi a de 11 a 15 anos, que saltou de 17,8%, em 2019, para 25,5% no ano passado, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Nos primeiros três meses deste ano, automóveis acima de 13 anos corresponderam a 21,8% das transferências de propriedade, que somaram 3,36 milhões de unidades, conforme dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

“O que está ocorrendo prova que o poder aquisitivo dos consumidores caiu e que muitos não conseguem mais chegar ao carro novo, e há também o deslocamento nas faixas dos usados”, diz o presidente da Fenabrave, José Andreta Junior. Ele ressalta que automóveis mais velhos são menos seguros, poluem mais e muitas vezes são responsáveis por congestionamentos, ao quebrarem no meio das vias públicas.

LEIA

Estudo do Data OLX Autos divulgado em fevereiro mostra que o preço médio dos veículos na faixa dos 14 anos é de R$ 17,8 mil. Os dois carros zero-quilômetro mais baratos atualmente no mercado, o Renault Kwid e o Fiat Mobi, custam, respectivamente, R$ 68,2 mil e R$ 69 mil.

O mercado de veículos novos está estacionado na casa de 2 milhões de unidades há 8 anos. O setor vê na possibilidade de ressuscitar a produção de um modelo de baixo custo chances de recuperar vendas e de reduzir a ociosidade das fábricas, hoje de 40%.

Fonte: site Pequenas Empresas Grandes Negócios