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O abril Azul é comemorado todos os anos como um mês dedicado à conscientização do autismo


Por Redação / Agora no Vale Publicado 16/04/2024
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Monumentos pelo Brasil e em todo o mundo são iluminados com a cor usada hoje para representar o espectro e diversas campanhas expõem conceitos básicos e dicas para evitar o capacitismo no dia a dia.

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento e, o autista não possui características que podem ser identificadas pelo olhar. Por isso, o autismo é considerado uma deficiência invisível e é comum autistas com baixa necessidade de suporte ouvirem a expressão: “nem parece autista”. A frase é capacitista e equivocada justamente porque, além de não existirem características físicas que ajudam a identificar o autista, o autismo é um espectro, daí o termo médico Transtorno do Espectro Autista (TEA). Quando falamos em espectro, queremos dizer que nenhum autista é igual ao outro e que cada um vai representar a diversidade do transtorno de forma única. Ninguém parece autista”. Apenas é.

Falta de compreensão tem um tremendo impacto sobre os autistas, suas famílias e comunidades, diz a ONU

Este tipo de pensamento prejudica especialmente o diagnóstico de pessoas com autismo de grau 1, também conhecido como autismo leve ou autismo de baixo grau de suporte. Como não correspondem a nenhum estereótipo, enfrentam mais dificuldades para serem diagnosticados, especialmente no caso das mulheres.

Hoje, sabe-se que a cada três meninos, apenas uma menina é diagnosticada com autismo, de acordo com dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA). O acesso a alguns direitos, como o atendimento preferencial, também se torna mais custoso aos autistas.

Para que estas e outras informações sobre o autismo e a rotina dos autistas pudessem ser popularizadas, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em todo o mundo no dia 2 de abril.

“A taxa de autismo em todas as regiões do mundo é alta e a falta de compreensão têm um tremendo impacto sobre os indivíduos, suas famílias e comunidades. A estigmatização e a discriminação associadas às diferenças neurológicas continuam sendo obstáculos substanciais ao diagnóstico e às terapias, uma questão que deve ser abordada tanto pelos formuladores de políticas públicas nos países em desenvolvimento quanto pelos países doadores”, informa a ONU.

Em 2024, comemoramos pela 17ª vez o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

A criação da data foi registrada em dezembro de 2007 e aprovada durante a Assembleia Geral da ONU, em votação unânime, em janeiro de 2008, ano em que entrou em vigor a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é um dos signatários. A convenção reafirma o princípio fundamental dos direitos humanos universais. O objetivo é promover e proteger com igualdade e em sua plenitude, todos os direitos e liberdades fundamentais a todas as pessoas com deficiência, e respeitar sua dignidade. “É uma ferramenta vital para promover uma sociedade inclusiva e solidária para todos e para garantir que todas as crianças e adultos com autismo possam levar uma vida plena e significativa”, segundo as Nações Unidas.

O Abril Azul e o Dia Mundial da Conscientização do Autismo ainda são fontes de informação e conhecimento sobre o transtorno, que atualmente está presente em uma em cada 36 crianças, de acordo com os dados mais recentes do CDC. É preciso que essas crianças tenham acesso a diagnóstico, educação e todos os recursos que garantam, dentro do potencial máximo de cada um, sua autonomia, independência e felicidade.

Vitoria Santana
Fonoaudióloga
Especialista em Linguagem e Neuropsicologia pelo CFFA
Especializada em Análise do Comportamento Aplicada – ABA e Neurociência e Aprendizagem.
Mestra em Ciências Médicas
51 995140260
Instagram: fonovitoriasantana



Referências:
MAENNER, Matthew J. et al. Prevalence and Characteristics of Autism Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years — Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, United States, 2020. Mmwr. Surveillance Summaries, [S.L.], v. 72, n. 2, p. 1-14, 24 mar. 2023. Centers for Disease Control MMWR Office. http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.ss7202a1. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/72/ss/ss7202a1.htm?s_cid=ss7202a1_w#suggestedcitation. Acesso em: 03 mar. 2024.