fbpx

Ao clicar em "Continuar navegando", você concorda com o uso de Cookies e com a Política de privacidade do site.

  • Banner Agora no Vale 728x90px Programa Fazer Juntos

Armazenamento de água gera bons resultados para família de agricultores de Teutônia 


Por Redação / Agora no Vale Publicado 10/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00
  • Agora-No-Vale—Banner-Forquetinha—Institucional-WhatsappDESKTOP

Em tempos de estiagem praticamente não há outro assunto, no meio rural, que não seja a necessidade de ampliar os sistemas de reservação de água nas propriedades para que estes possam, justamente, compensar a escassez em períodos de seca. Atenta a isso, a Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado tem auxiliado os agricultores no acesso não apenas a políticas públicas e a projetos de crédito, mas também a tecnologias que possam contribuir nesse sentido. 

E quando se fala em “tecnologias” não se está referindo a algo necessariamente complexo. Muitas vezes são iniciativas relativamente simples, que partem de bons projetos da Emater/RS-Ascar, em parceria com prefeituras e empresas da iniciativa privada. É este o caso, por exemplo, da família Jacobs, da Linha São Jacó, em Teutônia. Bovinocultores de leite e suinocultores, além de proprietários de uma agroindústria de queijos artesanais, os Jacobs necessitam, diariamente, de cerca de 40 mil litros de água por dia para conseguir dar conta das demandas da produção. 

Somente em área cultivada são 32 hectares plantados com milho em rotação com soja, além de pasto de tífton e jiggs – sendo boa parte do plantio destinado a alimentação do rebanho de mais de 120 animais, fora os 500 suínos. “Nesses dias extremamente secos eu chego a deixar o sistema de irrigação ligado por cerca de seis horas seguidas, na lavoura”, salienta Osmar Jacobs. Aos 70 anos e com quase 50 anos de experiência como agricultor, seu Osmar mantém a tranquilidade ao explicar a importância de um olhar mais atento para os recursos naturais e para aquilo que há a disposição na terra. 

Sempre aberto a conhecer novas ferramentas tecnológicas que possam fazer com que sua lavoura evolua, o agricultor conta a história que originou o debate sobre a importância de guardar a água que, muitas vezes, cai em abundância no meio do ano. “Foi numa viagem para conhecer uma estação experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Eldorado do Sul, no ano de 2012”, relata. “Aquele foi um ano de muita seca, por sinal, e a lavoura daquela unidade estava com ótima sanidade”, relembra o extensionista da Emater/RS-Ascar Michael da Silva Serpa. 

Depois dessa visita, seu Osmar procuraria a Emater/RS-Ascar para realizar um trabalho que viria a proteger uma fonte existente na propriedade – e que mais adiante abasteceria boa parte do microaçude de pouco mais de um hectare do local. “Na visita à experiência ficamos fascinados com a possibilidade de evoluir em produtividade”, recorda o agricultor, que comenta que as iniciativas da famílias fizeram o rendimento do milho saltar de 100 sacos por hectare para mais de 200 sacos na mesma área. “Fora o fato de, assim, termos a garantia da qualidade, já que não há a necessidade de adquirir alimento de terceiros”, analisa. 

Na visão de Serpa, a família Jacobs foi estratégica ao apostar a sua capacidade de investimento em linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que possibilitam acesso a sistemas de irrigação. “Talvez eles pudessem, à época, ter comprado mais terras que ampliariam a área plantada”, avalia o extensionista. “Mas sem acesso a água ou uma atenção para esse tipo de necessidade, aonde a família chegaria?”, pondera. O resultado de tudo pode ser observado também na consolidação da própria agroindústria de queijos, que conta com o apoio dos filhos Samuel e Jackson. “É a qualidade do nosso leite chegando diretamente ao consumidor”, lembra seu Osmar. 

O gerente regional da Emater/RS-Ascar Cristiano Laste lembra ainda que o Governo do Estado está empenhado em destinar políticas públicas a este setor – só o Irriga + RS destinará mais de R$ 200 milhões em projetos de reservação da água e qualificação da irrigação – e que, além destas, iniciativas de menor complexidade, como reservação de fontes ou construção de cisternas, podem ser acessadas diretamente na Emater/RS-Ascar, de forma mais rápida. “Conservar a água, preservando-a, utilizando-a de forma racional e sustentável também é uma das metas da Instituição”, finaliza.