Diretoras de creche acusadas de tortura em Serafina Corrêa estão presas e viram rés
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público, tornando rés as duas proprietárias de uma creche acusadas de tortura contra os alunos em Serafina Corrêa. Os nomes das acusadas e da instituição privada não foram divulgados para preservar a identidade das crianças.
As duas mulheres, que estão sob prisão preventiva desde 25 de janeiro no Presídio Estadual de Guaporé, agora enfrentarão um processo judicial pelo crime de tortura. A creche foi temporariamente fechada pela prefeitura de Serafina Corrêa. Cerca de 40 crianças matriculadas na instituição foram encaminhadas para outras creches, recebendo suporte da rede pública.
O Ministério Público sustenta que os crimes teriam sido cometidos contra alunos com idades entre sete meses e quatro anos, no período de 2022 a 2024. As investigações iniciaram quando a tia de uma criança, de dois anos, relatou ferimentos pelo corpo suspeitos de terem sido causados por mordidas. Outros relatos incluem castigos, como confinamento em banheiros com luz apagada e agressões físicas.
O fechamento cautelar e indefinido da creche foi determinado pelo Conselho Municipal de Educação, em conjunto com a Secretaria Municipal da Educação e os conselhos Municipal de Educação e Tutelar. A medida visa garantir a segurança e o bem-estar dos alunos, além de considerar a ausência de ocupantes nas funções essenciais da instituição após as prisões.