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Ciência explica o que podemos sentir no momento da morte


Por Redação / Agora no Vale Publicado 30/01/2023
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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Ilustração/Freepik

Um trabalhou chamado Aware, publicado em 2014 na revista Ressuscitation, entrevistou 101 pacientes que tiveram uma parada cardíaca e foram salvos por tratamento médico. Quase a metade relata não lembrar de nada. Pouco mais de 40% relatam memórias detalhadas, como ver plantas ou pessoas ou sentir um medo intenso. Cerca de 9% relatou fenômenos compatíveis com experiências de quase morte.

Em um outro estudo, publicado no periódico científico Frontiers in Aging Neuroscience, pesquisadores conseguiram analisar, pela primeira vez, imagens de um cérebro exatamente na hora da morte. O paciente, de 87 anos, tinha epilepsia e estava realizando um exame de eletroencefalografia quando teve um ataque cardíaco fulminante.

“No estudo, foi possível captar instantes antes e depois do momento da morte desse paciente. O que se notou é que 15 segundos antes e depois houve oscilações gama. Então acaba sendo um ritmo de funcionamento eletroencefalográfico bastante alto, com mais de 32 hertz de frequência”, afirma um especialista

Responsáveis pela atividade sincronizada dos neurônios, as ondas gama também são associadas a fatores como a memória,  sonhos humanos e meditação. Antes de fato da consciência ir embora, a gente passa por um momento de superconsciência, em que memórias de muita relevância, principalmente emocional, são acionadas, como se passasse um filme da sua vida mesmo. Não dá para provar isso, mas do ponto de vista elétrico isso faz sentido.

Experiência de quase morte (EQM)

A experiência de quase morte (EQM) é caracterizada por uma redução do fluxo sanguíneo cerebral, que afeta principalmente uma estrutura chamada lobo parietal.

É muito comum o relato da percepção de um túnel com uma luminosidade no final e uma sensação de bem-estar provavelmente provocada pela liberação de neurotransmissores como, por exemplo, derivados de opioides, endorfinas e correlatos.

Com a perda temporária de função das diversas regiões cerebrais da experiência de quase morte, a pessoa pode experimentar sensações diversas. Uma teoria forte é que, com a ativação de regiões do mesencéfalo, uma parte do cérebro, durante situações de grande estresse físico, como uma parada cardíaca, há liberação de noradrenalina.

A noradrenalina está envolvida com a reação ao medo e ao estresse, além de estar conectada com regiões de medeiam a emoção, como a amígdala e o hipocampo. Outros neurotransmissores envolvidos parecem ser os opioides endógenos, produzidos pelo próprio cérebro, e a dopamina. São relatos que pacientes que sobreviveram a uma parada cardíaca e contam de percepções de um extrapolamento da consciência, vendo seu corpo e os cuidados que recebe de fora, passando por uma luz ou um túnel e tendo uma sensação mística, em geral positiva, de conexão com mentais importantes da sua vida e por vezes de escolhas de retornar para a vida terrena.

A sensação de que se está experimentando uma experiência fora do corpo existe durante padrões interrompidos de sono, como a paralisia do sono, em que a pessoa está dormindo mas ainda está ciente do mundo externo. Existe uma região do cérebro entre os lobos temporal e parietal que, quando estimulada, pode causar uma sensação artificial de se estar fora do corpo.
Uma possível explicação para a sensação de estar entrando em um túnel de luz acontece quando existe uma queda de pressão nos vasos que irrigam a retina, que ocorre durante paradas cardíacas.
Emoções positivas como euforia e aceitação são comuns em descrições de experiências de quase morte. Existem alguns fármacos, como quetamina, que quando administrados podem simular essas sensações.

Fonte: CNN