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Uma ONG, um amor incondicional pelo filho e uma meta: ajudar pessoas com autismo


Por Redação / Agora no Vale Publicado 31/05/2023
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A operadora de caixa e vendedora de semi-joias, Eliana Pereira Duarte, transformou o amor incondicional pelo filho, Renan, em uma Organização Não Governamental em Arroio do Meio para ajudar pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Hoje, ele tem 11 anos e há algum tempo atrás foi confirmado o diagnóstico do autismo. A partir daí, começou a luta de Eliana com seu pequeno em busca de terapias, profissionais da saúde e tratamento para auxiliar a caminhada do filho. Durante essa jornada, percebeu que não estava sozinha e passou a conhecer muitas pessoas que passavam pela mesma situação.

Além de ajudar o filho, cresceu dentro de seu coração de mãe o desejo de ajudar outras pessoas que possuem TEA e familiares. O primeiro passo foi dado em uma sala de espera para terapia em Lajeado, há alguns anos, quando ela conheceu a Ana, presidente da Associação Azul como o Céu em Lajeado. “Ela me relatou um pouco sobre o trabalho dela que fazia em Lajeado com autistas e me deu a ideia de montarmos uma associação em Arroio do Meio. Foi aí que pensei, por que não? Quando a gente recebe o diagnóstico a gente se sente tão sozinho, tão sem rumo, sem saber pra que lado correr ou onde procurar ajuda. Tive a certeza que queria ajudar outros pais que também estão passando o que eu passei.”

Portanto, foi assim que surgiu em Arroio do Meio a ONG Coração Azul, que atualmente é chamada de Associação Protea. “Comecei a ir atrás de alguns contatos, chamar pessoas que eu conhecia para me ajudar. Consegui reunir um pequeno grupo de pais e alguns profissionais para constituir a associação”, destaca Eliana que é a presidente.

O amor de mãe e a luta de Eliana se transformaram em carinho e dedicação para reunir pessoas em um mesmo propósito: o acolhimento, o entendimento e o compartilhar.
O que despertou em Eliana o desejo de estender a mão para o próximo de alguma forma, também foram as dificuldades que passou na infância. Ela sempre percebia o esforço da mãe e pensava: “quando crescer e puder ajudar alguém, assim vou fazer. E eu vi na ONG uma ótima oportunidade de colocar isso em prática. Com certeza daqui a alguns anos verei o resultado de todo nosso trabalho com toda satisfação, porque ainda estamos plantando as sementinhas, para no futuro colhermos os frutos.”

A ONG

No momento, a associação conta com 55 integrantes entre pais, familiares e profissionais e fica no Bairro São Caetano. Há famílias com crianças de todas as faixas etárias e adultos com autismo. Ao longo do ano, são realizadas inúmeras ações em prol do grupo e o apoio da comunidade e iniciativa privada é fundamental para que a missão seja cumprida.

Por isso, há projetos para angariar fundos como o Festival das Pizzas em agosto, o projeto de contação de histórias sobre o autismo nas escolas do município. “Esses projetos envolvem muitas pessoas que nos ajudam a colocar em prática. Não faríamos nada sozinhos, por isso preciso agradecer de coração, a todas as pessoas que sempre estão nessa caminhada comigo, que se empenham, deixam suas casas e suas famílias para realizar este trabalho voluntário. Essas pessoas são muito especiais para mim e muito importantes para a associação.”

Até o momento, o grupo já participou de vários eventos para divulgar o autismo, realizou palestras em escolas, trouxe profissionais para conversar com os professores e monitores escolares sobre o tema. “Nós sempre trabalhamos pelas crianças e procuramos também acolher as famílias”, cita.

A fundação da entidade foi um divisor de águas na vida de Eliana. Hoje, é a sua segunda família e mudou a sua realidade para melhor. “Fazer parte dessa associação é maravilhoso. Poder compartilhar com outras pessoas os desafios de nossos filhos, suas conquistas e até mesmo suas frustrações me fazem sentir que não estou sozinha.”

O desafio ainda presente, segundo explica Eliana, é o preconceito. Portanto, lutar pela inclusão também é um dos propósito da associação. “Os autistas são seres iluminados e nós temos muito a aprender com eles.”