Céu limpo no RS, mas fumaça dos Incêndios deve retornar nesta semana
Após semanas encoberto pela fumaça dos incêndios florestais que atingem o Brasil e países vizinhos, o céu do Rio Grande do Sul voltou a ficar azul nesta segunda-feira (16). A melhora na qualidade do ar é resultado do avanço de uma frente fria, que trouxe chuva e dissipou grande parte da pluma de fumaça sobre o Estado. Dados do Serviço de Monitoramento Atmosférico do Copernicus, vinculado à Agência Espacial da União Europeia (ESA), confirmam a baixa concentração de aerossóis sobre a região desde o último sábado (14).
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil registrou mais de 57 mil focos de incêndio apenas em setembro, formando um corredor de fumaça que se estendeu por todo o território nacional. No Rio Grande do Sul, entre os dias 13 de agosto e 13 de setembro, o Estado teve apenas dois dias com céu limpo.
Com a chegada da chuva e do vento frio no fim da semana passada, a fumaça foi parcialmente dispersa, permitindo que o ar no Estado, incluindo Porto Alegre, voltasse a uma condição de qualidade “boa”. A agência suíça IQAir, que monitora a poluição do ar globalmente, apontou que o índice de qualidade do ar na Capital foi de 42 nesta segunda-feira, uma significativa melhora em relação à sexta-feira (13), quando o índice chegou a 157, considerado “insalubre”.
Previsão
No entanto, os meteorologistas preveem o retorno da fumaça a partir de quinta-feira (19). Com o avanço da frente fria para outras regiões do Brasil, os ventos que sopram do Norte voltarão a trazer partículas de fumaça para o Rio Grande do Sul. A previsão é que a qualidade do ar comece a piorar novamente na quinta, com o índice chegando a 116, o que é considerado “insalubre para grupos sensíveis”. Na sexta-feira (20), esse índice deve subir ainda mais, chegando a 145, colocando a população em estado de alerta, especialmente os mais vulneráveis.
Impactos
A poluição causada pela fumaça afeta a saúde respiratória, principalmente de crianças, idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes, como asma e bronquite. Com a previsão de retorno da fumaça, a recomendação é que esses grupos evitem a exposição prolongada ao ar livre nos dias com índices elevados.