Um ano de videomonitoramento em Estrela


Sistema completa 365 dias de atuação e já foi utilizado centenas de vezes nas mais diversas operações e contextos
O dia 25 de julho marca, exatamente, o primeiro ano de operação do sistema de videomonitoramento de Estrela. Inaugurado em 2018, ele conta com 24 câmeras de alta definição, uma central de imagens e sala de controles instalada na sede do 40º Batalhão de Polícia Militar, em um investimento anual de R$ 300 mil realizados pelo Governo de Estrela, através da Secretaria Municipal de Planejamento de Desenvolvimento Econômico (Seplade).
Levantamentos apontam redução de em média 60% e 70% das incidências na área de abrangência das câmeras e tem colaborado na elucidação de crimes praticados em outras áreas. Uma avaliação e apresentação do balanço do primeiro ano serão realizadas na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Estrela, na sessão de segunda-feira (29).
Logo após o primeiro mês de operação, em agosto passado, o resultado prático já trazia resultados satisfatórios. Além da vigilância permanente de importantes locais que oportunizou à Brigada Militar, o sistema foi utilizado de forma direta dezenas de vezes, em alguns casos sendo de total importância para operações e investigações, como na observação e identificação de suspeitos a assaltos, perseguições e definição de materialidade.
A abrangência do sistema também se destaca. Ajudou a identificar desde vândalos do Parque Princesa do Vale, na área central, a suspeitos de crimes em áreas mais afastadas, como o da ocorrência de uma tentativa de estupro e roubo em caso ocorrido às margens da BR-386.
Colaborou ainda para a redução de assaltos a pedestres em locais públicos de grande movimentação, como próximo ao Hospital Estrela e áreas colegiais, e se tornou arma de combate ao tráfico e consumo de drogas nestes mesmos pontos e bairros. Auxiliou na abordagem a pessoas que de madrugada são flagradas transportando objetos que são frutos de furtos, como cabos telefônicos, de luz, materiais de construção, ou mesmo em movimentação suspeita. Também foi constantemente utilizado na elucidação de acidentes de trânsito, cujo atendimento quando na área municipal é de responsabilidade da Brigada Militar, e ainda em caráter preventivo e educativo.
Para o secretário da Seplade, Paulo Ricardo Fink, trata-se de um investimento pontual de grande benefício. “Como em muitas áreas, hoje a segurança necessita do avanço tecnológico para melhor desempenhar o seu papel. O videomonitoramento já trouxe vários avanços. Permitiu maior agilidade à Brigada Militar no atendimento das ocorrências, ajudou a Polícia Civil na elucidação de muitos casos e há a paralela facilidade na troca de informações entre estas corporações”, diz. “Os resultados e reflexos disto, muito positivos, nos é trazido não apenas por quem fez o investimento na respectiva ferramenta, mas principalmente por quem atua com a mesma.
Dados e números iniciais apontam a uma significativa redução das ocorrências nas mais diversas áreas e casos, o que confirma tratar-se de o maior mas também melhor e válido investimento realizado por nós neste sentido”, diz.
Segundo o capitão do 40º Batalhão de Polícia Militar – sediado em Estrela e onde o sistema está instalado –, Jorge Luís Engster, a corporação considera fundamental esta parceria com outros órgãos públicos e a comunidade no intuito de trabalhar a redução da criminalidade. “Em Estrela este sistema veio auxiliar na vigilância da nossa cidade e dar oportunidade de a BM se dedicar, atuar mais na prevenção dos crimes, ou seja, não apenas combatê-los, mas também preveni-los para que nem mesmo aconteçam”, avalia Engster. “Também conseguimos reduzir vários grupos criminais, principalmente os que agem contra o patrimônio público e particular, como furtos e roubos, a estabelecimentos a pedestres.
E tendo em vista a nossa defasagem de material humano, esse sistema veio a suprir um pouco esta precariedade, pois em algumas circunstâncias e eventos, a tecnologia é importante. Sem contarmos que as imagens são utilizadas para elucidar alguns crimes por parte de vítimas que nos procuram bem como colaboram para com investigações da Polícia Civil e outros órgãos na busca de definição de autoria e materialidade.”
por Rodrigo Angeli