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Testes encontram fungos em sementes recebidas pelo correio


Por Redação / Agora no Vale Publicado 06/10/2020
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Resultados ainda não foram concluídos no RS. No entanto, a suspeita é que os pacotes foram entregues para fraudar sistema de avaliação do e-commerce

O Governo do Rio Grande do Sul divulgou na tarde desta terça-feira que encontrou micro-organismos nas sementes dos 35 pacotes recebidos por gaúchos pelo correio, e há possibilidade de haverem pragas. Os resultados definitivos anda não foram divulgados, pois falta analisar diversas amostras.

O número de pacotes de diferentes formatos cresce a cada dia, e os materiais são enviados para o governo estadual. São diversos casos registrados inclusive no Vale do Taquari. No geral, o material vêm de países da Ásia.

Conforme a superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Helena Rugeri, sementes vindas do exterior podem ser um risco para as pessoas e para o agronegócio do país. Portanto, devem ser enviados para o governo do RS por meio da Emater.

Essa questão também ocorre em outros países da América. Mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (EUA) já trabalha com a possibilidade de que as encomendas indesejadas estejam relacionadas a uma fraude conhecida como “brushing”: é o envio de mercadorias não solicitadas com o objetivo de registrar compras falsas.

Como funciona a fraude

A semente, no caso, apenas cumpre a finalidade de não deixar o pacote vazio. Isso explicaria por que as autoridades até agora não encontraram sinais de tentativas de bioterrorismo ou contaminação.

A prática ocorre principalmente em sites que operam no modelo de “marketplace”, em que um único site de compras oferece produtos de muitas lojas diferentes.

Com a conta falsa, eles ficam sabendo quando a “encomenda” foi entregue e, então, podem fazer uma avaliação positiva para a própria loja.

A reputação de cada vendedor nesses sites ajuda a aumentar as vendas, tendo impacto na posição dos produtos nos resultados de busca e na confiança do cliente.

Como muitos sites de comércio eletrônico do tipo “marketplace” obrigam os vendedores a registrar um código de rastreamento em cada pedido, os golpistas se veem obrigados a enviar algum produto.

Para que a fraude tenha sucesso, também é preciso usar uma variedade de endereços válidos. Do contrário, os pacotes poderiam ser recusados e retornados.

Além disso, os sistemas das lojas poderiam levantar suspeitas se os mesmos endereços fossem usados para muitas compras. Os endereços usados no “brushing” são normalmente oriundos de dados vazados de lojas ou de outros pedidos realizados pelo consumidor.

Fonte: G1