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Setembro Amarelo: Rio Grande do Sul lidera ranking nacional em casos de suicídio


Por Redação / Agora Publicado 04/09/2024
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Dados do boletim epidemiológico do Datasus mostram que, em 2019, o país registrou mais de 13 mil suicídios.

O Rio Grande do Sul, no mesmo ano, foi líder no ranking, com mais de 1,4 mil óbitos por essa causa. Ou seja, o estado gaúcho, sozinho, responde por mais de 10% dos suicídios no país. Os dados gaúchos de suicídio indicam uma preocupação crescente. O estado apresenta a taxa mais alta de suicídio no Brasil. A seguir, estão alguns pontos importantes sobre o cenário gaúcho:
Taxa geral de suicídio: Em 2019, o RS teve uma taxa de cerca de 12,4 suicídios por 100 mil habitantes, bem acima da média nacional, que gira em torno de 5 por 100 mil habitantes.

Perfil por gênero: A maioria das vítimas de suicídio no RS são homens. Em termos gerais, os homens cometem suicídio com uma frequência significativamente maior do que as mulheres, embora as tentativas sejam mais comuns entre as mulheres.

Faixa etária: A maior incidência de suicídios ocorre entre adultos jovens e pessoas idosas. O isolamento social, questões de saúde mental e outros fatores podem influenciar esses dados.

Fatores contribuintes: Entre os principais fatores associados ao suicídio no Rio Grande do Sul estão a depressão, uso abusivo de álcool e drogas, questões econômicas e o estigma em torno da busca por ajuda psicológica.

Regiões com mais casos: O interior do estado, especialmente regiões rurais e pequenos municípios, registra uma alta taxa de suicídios. A falta de acesso a serviços de saúde mental nessas áreas pode contribuir para o agravamento da situação.

Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias químicas.

Diante de dados alarmantes, o Setembro Amarelo é uma iniciativa que contribui para que possamos debater e conscientizar a população sobre o tema e a aceleração dos números. Você sabia que há sinais sensíveis comuns entre as pessoas que pensam em tirar a própria vida?

Ansiedade: estudos mostram que uma semana anterior à tentativa de suicídio, a ansiedade piora. Ela pode se manifestar por inquietude, tensão, irritabilidade. Uma piora da ansiedade indica que as coisas não estão bem.

Insônia: o sinal mais difícil de perceber, afinal, muitas vezes, nem as pessoas que convivem na própria casa percebem que o familiar não está dormindo bem. A insônia é um sinal de alerta, pois aumenta a ansiedade e a irritabilidade. É extremamente importante que pessoas que possuem transtornos psiquiátricos tenham um sono de qualidade.

Avisos: a maioria dos indivíduos que tentam suicídios avisam explícita e implicitamente. Frases subjetivas como “não aguento mais”, “quero sair andando e não voltar mais”, “quero sumir”, “melhor dormir e não acordar mais” e avisos claros de suicídio não devem ser ignoradas. Atenção também às ações: contato com seguro de vida, separação de objetos pessoais e afins.

A psiquiatra da Rede de Saúde da Divina Providência, Dra Luiza Lucas, alerta aos sinais de alerta: “Promover a saúde mental envolve estar atento aos sinais de que algo não está bem. Mudanças bruscas de comportamento, sentimentos persistentes de tristeza ou desânimo, isolamento social, dificuldades em realizar atividades cotidianas e uso de substâncias como álcool e drogas são indicativos de que alguém precisa de ajuda. É fundamental que todos estejam preparados para reconhecer esses sinais, oferecendo uma escuta atenta e encorajando a busca por suporte profissional quando necessário.” destaca.

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