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Pais de alunos pedem abertura de turmas na escola estadual de Colinas


Por Redação / Agora no Vale Publicado 10/02/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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Apenas uma fração do espaço é aproveitado, enquanto cresce a demanda no ensino fundamental

Diante do prédio da Escola Estadual de Colinas, que tem apenas uma fração de sua estrutura ocupada, pais de alunos pedem a abertura de novas turmas de ensino fundamental: um direito de escolha em relação à EMEF Ipiranga, localizada a um quilômetro dali, no centro de Colinas.

As duas instituições são bem conceituadas pela comunidade, mas há consenso entre os pais de que é fundamental se utilizar o espaço físico da estadual para aumentar a segurança de toda a comunidade escolar, por conta da necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia de Covid-19. Eles ainda entendem que um espaço maior pode facilitar o aprendizado. Mas por outro lado há a negativa do estado, que nos últimos anos tem demonstrado a tendência de repassar a responsabilidade do ensino fundamental para os municípios.

A estadual tem 10 salas de aula, uma biblioteca, sala informática e um laboratório de ciências bem equipados, e ainda conta com um recente investimento no sistema de internet. Até dezembro, a escola oferecia 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio: ou seja, duas turmas durante o dia e três à noite.

Além da manutenção dessas turmas, os pais querem a abertura do 6º e 7º anos. César Ahlert, de 49 anos, conta que uma de suas filhas tem déficit de atenção, o que a faz encontrar dificuldades em uma sala cheia. Por isso, quer transferi-la da municipal para a estadual a fim de garantir mais espaço para ela. E afirma que há pressa, pois as aulas da rede municipal começam no próximo dia 22.

Beatriz Lindemann, 47 anos, quer levar para a estadual um filho que vai para o 7º ano, assim como uma filha que estuda no 3º ano do EM. “Para os dois colégios o aprendizado das crianças vai ser melhor, porque divide o espaço, tanto nas salas como no pátio”.

Marta Beatriz Mildner Villa, 54 anos, trabalhou por 28 anos na área da educação, e hoje preside o Conselho de Pais e Mestres (CPM) da escola estadual, onde tem um filho no 3º ano do EM. “Questionamos o porquê de o estado não estar facilitando a abertura de novas turmas se há o espaço”, afirma Marta, que teme o fim das atividades no local. “Independente de o meu filho estar estudando aqui ou não, eu quero que o aprendizado ocorra da melhor forma para os nossos jovens”.

“Sei da importância deste pedido ser atendido”

De férias, a diretora do colégio, Ângela Zimmermann, concedeu entrevista ao Agora no Vale via WhatsApp. Ela considera perfeita a estrutura física da escola estadual. “Há espaço, infraestrutura e tecnologia para atender pelo menos 350 alunos com conforto e segurança”, ressalta, e diz que o bom trabalho ali chamou a atenção da comunidade, como índice de aprovação e qualidade de ensino.

Ela conta que em dezembro a escola começou a receber visitas das famílias que solicitaram vaga para todas as series, inclusive pro 3 Ano do Ensino Médio. “Como não tínhamos 6º e 7º anos, coletamos os nomes e contatos dos interessados e enviamos solicitação, por escrito, para 03 CRE que, por sua vez, remeteu a Porto Alegre”. E nessa terça-feira, dia 9, o Estado enviou notificação negando a abertura. “Os pais estão muito abatidos com a decisão. E eu compreendo, pois vivo a realidade, junto com eles, e sei a importância deste pedido ser atendido”.

Tentamos contato com a coordenadoria regional da educação, de Estrela, mas fomos informados de que os profissionais responsáveis estão em período de férias.

Crescimento populacional

Colinas está entre os quatro municípios do Vale do Taquari que mais tiveram crescimento populacional entre 2010 e 2017, de acordo com dados do IBGE, o que reforça a necessidade de vagas no ensino fundamental. Nesse período a população aumentou em 441 pessoas.