Médico suspeito de causar mais de 40 mortes e lesões em mais de cem pacientes é preso novamente
Prisão foi efetuada em Novo Hamburgo. Acusação é de realização de procedimentos cirúrgicos desnecessários e exagerados, além de diagnósticos falsos
Um médico, investigado por mortes e lesões em pacientes, foi preso novamente nesta terça-feira (10) em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Ele é suspeito de estar envolvido na morte de 42 pacientes e em lesões causadas a outros 114. A prisão foi decretada após descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça.
No ano passado, o médico já havia sido preso no interior de São Paulo enquanto trabalhava em um hospital, mas obteve liberdade provisória poucos dias depois. Na ocasião, ele foi indiciado por homicídio doloso, após a morte de três pacientes. A nova prisão preventiva foi determinada devido à violação das restrições judiciais estabelecidas.
Histórico de investigações
O médico foi alvo de diversos inquéritos policiais, sendo indiciado em ao menos três deles por homicídio doloso. As investigações apontam para a morte de dois homens e uma mulher, além de relatos de pacientes e profissionais de saúde sobre procedimentos cirúrgicos excessivos e desnecessários. Entre as acusações, está o diagnóstico falso de um câncer raro, usado para justificar cirurgias sem necessidade.
Defesa se pronuncia
O advogado de defesa do médico criticou a nova prisão, alegando que o profissional estava cumprindo todas as medidas cautelares determinadas pela Justiça. Segundo a defesa, o médico não deixou a comarca de Novo Hamburgo, respondeu a todos os processos e não exerceu a medicina desde o início das investigações.
A prisão reacende o debate sobre a responsabilidade médica e a aplicação da justiça em casos de negligência ou má conduta profissional. As autoridades seguem investigando o caso para determinar a extensão das responsabilidades e possíveis novos desdobramentos.
Fonte: GZH e Polícia Civil / foto reprodução vídeo
