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Caso Henry: Jairinho e mãe da vítima passam a 1ª noite na cadeia: saiba o que a polícia já descobriu


Por Redação / Agora no Vale Publicado 09/04/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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Eles são suspeitos de terem torturado e matado o menino de 4 anos

O vereador Dr. Jairinho e sua namorada, Monique Medeiros, passaram a primeira noite no presídio de Bangu, no Rio de Janeiro. Eles são suspeitos de terem torturado e matado o menino Henry Borel, de apenas 4 anos. A polícia ainda irá colher novos depoimentos para obter relatos mais precisos de como aconteceu a morte, além de buscar informações sobre outros crimes que o vereador tenha cometido.

Os dois ficarão isolados, dentro do presídio, por um período inicial de 14 dias, como medida de prevenção à disseminação da covid-19 dentro do sistema penitenciário.

Para o delegado Henrique Damasceno, “não há dúvida” sobre a participação de Jairinho e Monique no crime. A investigação policial aponta que o vereador teria perpetrado as agressões e que a professora teria ajudado a protegê-lo.

A morte do menino

Henry morreu no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, no dia 8 de março. Ele foi levado para lá pelo casal, que alegava tê-lo encontrado desmaiado no quarto onde dormia. 

O menino estaria com olhos revirados, pés e mãos geladas e dificuldades para respirar. Segundo os médicos, o garoto chegou ao estabelecimento com parada cardiorrespiratória. 

De acidente a suspeita de agressão

Inicialmente, o caso foi tratado pela polícia como um acidente, como se o menino tivesse caído da cama, mas perícias médicas constataram que a vítima havia sido vítima de agressões.

No Instituto Médico Legal (IML), a necropsia constatou múltiplos sinais de trauma, como equimoses, hemorragia interna e ferimentos no fígado, típicos de agressão. A Polícia suspeita que Henry tenha morrido depois de ser submetido a uma sessão de torturas por Dr. Jairinho, que nega.

Em depoimento no dia 17 de março, o casal afirmou suspeitar que o menino tenha se ferido em uma queda, mas, segundo as investigações, os machucados detectados pela necropsia não são compatíveis com essa alegação.

Dr. Jairinho e Monique prestaram depoimento, separadamente, para a Polícia Civil do Rio de Janeiro em 17 de março. 

Na ocasião, eles foram ouvidos como testemunhas – e não como investigados. O casal deixou a 16ª DP (Barra da Tijuca) depois de 12 horas e não quis dar entrevistas. Segundo a polícia, os depoimentos só ocorreram nove dias após a morte porque até então Monique estava em estado de choque.

Monique afirmou à polícia acreditar que o filho pode ter acordado, ficado em pé em cima da cama e se desequilibrado, fazendo com que ele caísse no chão.

Ela teria relatado ainda que por volta de 3h30 acordou e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho no chão já desacordado. 

Além deles, também foram ouvidas a babá de Henry e uma empregada doméstica que trabalhava para a família.

Segundo os investigadores, conversas registradas num aparelho telefônico mostram que a babá relatou agressões anteriores de Dr. Jairinho a Henry para a patroa, que teria mentido em depoimento à polícia. Após a morte do menino, a babá também teria sido pressionada a também mentir.

Apreensão de celulares e computadores

Dias depois dos depoimentos, a polícia apreendeu onze celulares e dois computadores que pertencem ao pais e ao padrasto de Henry.

Desde que a criança morreu, o casal saiu do imóvel onde morava. Monique está na casa dos pais, em Bangu, na zona oeste do Rio. Jairinho está na residência do pai, o ex-deputado estadual e policial militar Coronel Jairo, também em Bangu.

A polícia esteve nesse endereços e também no do pai de Henry, no Recreio dos Bandeirantes, também na zona oeste. Com Jairinho, apreendeu cinco celulares e um computador. Monique teve apreendidos quatro celulares, e Leniel, dois celulares e um computador.

A polícia considera pouco provável a hipótese de o pai ter responsabilidade sobre a morte de Henry. Ele esteve com o filho no fim de semana antes da morte do garoto, mas o entregou à mãe, às 19h, aparentemente em boas condições de saúde. Apesar disso, Almeida também foi alvo da busca e apreensão.

Telefonema para o governador do RJ

Depois da morte do menino, Dr. Jairinho telefonou para o governador em exercício do Rio, Claudio Castro (PSC), e relatou o ocorrido. Castro afirmou ter dito que o caso seria investigado pelas autoridades responsáveis, sem interferências. Há relatos de que o vereador teria procurado outras autoridades com objetivo de “acelerar os trâmites” no IML. Nas investigações, a polícia colheu depoimentos de outras agressões supostamente cometidas pelo político, envolvendo mulheres e crianças. A defesa dele nega.

Resposta da defesa

A defesa de Dr. Jairinho e Monique Medeiros afirma que “em hipótese alguma” eles cometeram os crimes pelos quais foram indiciados, e afirmou também que “não há o que esclarecer” sobre a morte do menino. 

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