Bolo envenenado: perícia investiga presença de arsênio em alimentos levados para sogra no hospital por nora suspeita
Caso ainda está em investigação e novos elementos são descobertos a cada dia
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul está analisando, a pedido da Polícia Civil, alimentos levados por D.M.A. à sogra, Z.A., enquanto esta estava internada no hospital. A investigação busca determinar se os itens continham arsênio, um elemento químico tóxico.
Itens sob análise
Os alimentos foram entregues à polícia pela família de Z.A. após a visita de D.M.A. ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Entre os itens recolhidos estão:
- Pastel de padaria
- Quatro bombons
- Chiclete
- Quatro barras de cereal
- Torrone
- Biscoito de leite
- Garrafa de suco de uva e canudo
Z.A. não consumiu os alimentos porque foi impedida por quem a acompanhava no hospital. Ela havia sido internada após a família consumir um bolo envenenado no Natal, que resultou na morte de três mulheres.
De acordo com o IGP, ainda não há prazo para conclusão das análises, mas a presença de veneno nos alimentos não está descartada.
O uso do arsênio
A investigação aponta que D.M.A. comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses. Uma das compras teria ocorrido antes da morte de P.L.A., sogro de D.M.A., que faleceu por intoxicação alimentar.
A polícia também analisa a possibilidade de novos casos, incluindo a morte do pai de D.M.A., J.L.S.M., ocorrida em 2020, e requisitou material genético do filho e do marido da suspeita para verificar possíveis envenenamentos.
