Operação transfere líderes de facção do RS para presídios federais de outros estados


Medida visa frear o aumento da criminalidade, registrado especialmente no interior
Uma operação realizada na manhã desta segunda-feira transfere nove líderes de facções para presídios federais fora do Rio Grande do Sul. O objetivo é frear a violência que têm aumentado no RS, em especial no interior, que causou aumento de homicídios em outubro.
De acordo com a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, o trabalho se acentuou nos últimos 60 dias. Participam da operação Império da Lei II as 15 instituições estaduais e federais. A coordenação é do Programa RS Seguro, com participação das Secretarias da Segurança Pública e da Administração Penitenciária.
Os presos transferidos nesta segunda-feira embarcam em uma aeronave da Polícia Federal. O destino de cada um ainda não foi informado.
SAIBA MAIS
A integração entre as forças de segurança e poderes das esferas federal e estadual concretizou nesta segunda-feira (9/11) nova ofensiva para neutralizar a cadeia de comando do crime no Rio Grande do Sul. Sob coordenação do programa RS Seguro, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) deflagraram a Operação Império da Lei II, que transferiu nove detentos de altíssima periculosidade e com posição de liderança nas principais organizações criminais gaúchas para penitenciárias federais fora do Estado.
Com a participação de 490 agentes e o emprego de 70 viaturas e duas aeronaves, a ação dá continuidade à primeira etapa da Império da Lei, que em março enviou 18 líderes de grupos criminosos para estabelecimentos do Sistema Penitenciário Federal (SPF). Entre os nove encaminhados agora, seis já eram alvo da fase anterior, mas haviam tido os pedidos de transferência negados.
A partir do trabalho das áreas de inteligência para robustecer os relatórios da Polícia Civil, o Ministério Público Estadual empenhou esforços para qualificar os recursos legais (agravos de execução), obtendo decisão favorável tanto do Poder Judiciário gaúcho como da Justiça Federal para os seis alvos. Entre eles, um já havia passado período em prisão fora do RS anteriormente e cinco serão transferidos pela primeira vez.