A ascensão dos humanoides: cada vez mais robôs em funções de rotina humana
China desafia a liderança americana em robótica. Mercado prevê que até 2025 as máquinas vão ocupar ou estarem relacionadas à metade dos empregos no planeta
A Conferência Mundial de Robôs de 2024 revelou um cenário de meteórica transformação no campo da robótica. Enquanto a Tesla, famosa empresa do setor nos EUA, representada pelo famoso Elon Musk, que no Brasil se viu envolvido com a polêmica do portal X, apresentou um protótipo ainda em fase conceitual, as empresas chinesas surpreenderam com demonstrações práticas de humanoides executando tarefas complexas, como tocar instrumentos e servir bebidas.
Cenas assim também já foram vistas de forma mais comum no Japão e nos Emirados Árabes.
Um futuro automatizado
As projeções indicam que a comercialização em larga escala de humanoides está a apenas dois anos de distância. Com o avanço da tecnologia, esses robôs serão capazes de realizar tarefas cada vez mais complexas, impactando significativamente o mercado de trabalho global. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as máquinas devem assumir metade dos empregos até 2025, e mais de 40% das empresas planejam implementar algum tipo de automação nos próximos anos.
A Aposta de Musk
Elon Musk, CEO da Tesla, demonstra grande otimismo em relação ao potencial dos humanoides, acreditando que eles podem impulsionar o valor de mercado da empresa para US$ 25 trilhões nos próximos anos. Essa previsão audaciosa reflete a expectativa de que a robótica seja o próximo grande disruptor tecnológico.
A Virada chinesa
Embora as empresas americanas ainda mantenham uma vantagem tecnológica, a China está emergindo como um forte competidor no mercado de robótica. A autossuficiência em mais de 95% dos componentes necessários para a produção de robôs, aliada a investimentos maciços de mais de US$ 14 bilhões na última década, posiciona o país como líder global em produção e consumo de robôs.
Implicações para o futuro
A ascensão dos humanoides e a crescente automação prometem revolucionar diversos setores da economia, desde a indústria manufatureira até os serviços. No entanto, essa transformação também levanta questões importantes sobre o futuro do trabalho e a necessidade de adaptação das sociedades a um mundo cada vez mais automatizado.
Em resumo, a corrida pela liderança em robótica está intensificando-se, com a China desafiando a tradicional dominância americana. As demonstrações apresentadas na Conferência Mundial de Robôs evidenciam o rápido avanço da tecnologia e as imensas possibilidades que se abrem com a criação de humanoides capazes de realizar tarefas complexas. O futuro do trabalho e da economia está sendo moldado por essa revolução tecnológica, e as empresas e as sociedades precisam se preparar para as mudanças que estão por vir.