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Grupo indiciado pela morte de Paula Portes planejava matar policial


Por Redação / Agora no Vale Publicado 20/10/2020
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Uma operação foi deflagrada nesse fim de semana para desarticular outra parte da quadrilha

Suspeitos pela morte de Paula Perin Portes, 18 anos, em Soledade, planejavam executar um sargento da Brigada Militar (BM) e inclusive levantaram informações sobre a delegada que desvendou o caso, Fabiane Bittencourt.

O principal responsável pela arquitetura disso é um líder de uma facção com base no Vale do Sinos, e está preso por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa. Natural de Encantado e erradicada em Fontoura Xavier, Paula foi atraída para um apartamento para encontrar um homem, em junho deste ano; uma emboscada que colimou na sua morte por sufocamento.

De acordo com a delegada, em entrevista à GZH, a intenção dos criminosos seria executar o sargento, conhecido pelo combate ao tráfico de drogas, em um supermercado de Passo Fundo. “O plano estava no papel. Se não tivessem sido presos pela morte da Paula, o crime poderia ter sido efetivado”.

A polícia passou a agir para desestruturar a organização em Soledade. Os investigadores levantaram todos os principais pontos de tráfico de drogas e, no último sábado (17), deflagraram uma operação com foco em 26 locais de comercialização de entorpecentes. O objetivo da ofensiva, que contou com 72 PMs e 106 policiais civis, foi desarticular o grupo e frustrar o plano criminoso de assinar o sargento.

Foram presos nove bandidos, e apreendidas armas, munições, drogas, R$ 12 mil, 21 celulares, tablet, cigarros contrabandeados e carne de caça. Durante a operação, dois presos tentaram atropelar policiais. A dupla também será investigada por tentativa de homicídio.

Executada na madrugada de 11 de junho, Paula, segundo a hipótese levantada pela polícia, sabia de crimes cometidos pelos suspeitos. Cinco pessoas foram indiciadas pelo envolvimento no homicídio – quatro por homicídio qualificado, organização criminosa e ocultação de cadáver e o quinto por ocultação de cadáver e organização criminosa. O caso está sob responsabilidade do promotor Bill Jerônimo Scherer, que deve se manifestar nos próximos dias.

Fonte: GZH