Grupo de Tecnologia anuncia investimento bilionário em fábrica de chips no Rio Grande do Sul


A Tellescom planeja expandir sua atuação no mercado de semicondutores com nova unidade na região metropolitana de Porto Alegre.
O Grupo Tellescom, sediado em São Paulo e com uma unidade industrial em Manaus (AM), revelou planos para estabelecer uma fábrica de chips no Rio Grande do Sul. O projeto, em desenvolvimento há mais de dois anos, visa o encapsulamento e testes de semicondutores, atendendo principalmente os setores automotivo, de comunicação e internet das coisas. O investimento estimado está entre US$ 170 milhões e US$ 200 milhões, para uma instalação inicial de 10 mil metros quadrados, com possibilidade de expansão modular.
Escolha Estratégica pelo Rio Grande do Sul
Conhecida pela fabricação de modens e roteadores, a Tellescom escolheu o Rio Grande do Sul para ingressar no segmento de semicondutores, reconhecendo o estado como um polo de conhecimento e infraestrutura na área. A região possui histórico significativo no setor, incluindo a presença da estatal Ceitec. Além disso, o estado conta com um plano específico de incentivo à produção de semicondutores, complementando o programa nacional existente.
Parceria com InvestRS e Apoio Governamental
A Tellescom firmou parceria com a InvestRS, agência de atração de investimentos do governo estadual. O presidente da agência, Rafael Prikladnicki, acompanha representantes da empresa em negociações internacionais, incluindo uma viagem à Malásia, para assegurar o apoio necessário ao projeto. A localização proposta para a nova fábrica está na região metropolitana de Porto Alegre, com suporte adicional da Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) na avaliação e seleção do local mais adequado.
Perspectivas Futuras
O CEO da Tellescom Semicondutores, Ronaldo Aloise Júnior, destaca que a decisão final sobre o investimento será tomada nos próximos meses. A iniciativa visa fortalecer a cadeia produtiva de semicondutores no Brasil, oferecendo soluções locais e reduzindo a dependência de fornecedores internacionais, especialmente após os desafios de escassez enfrentados durante a pandemia.