Renda Brasil: proposta para substituir o Bolsa Família será enviada ao Congresso
O programa Renda Brasil, pensado para substituir o Bolsa Família, dependerá da extensão das medidas para abrir espaço no teto de gastos, regra que, na prática, não permite que aumentos da arrecadação financiem o programa. É preciso cortar despesas para aumentar o auxílio para as pessoas cadastradas no CadÚnico.
Hoje, o benefício médio pago a cada família é de R$ 189,21. A proposta inicial do governo era elevar o valor para um patamar mais próximo de R$ 250, o que ainda está em discussão.
Corte de custos
A ideia é mostrar que, para ampliar o programa, é preciso não só aperfeiçoar ou cortar programas considerados ineficientes (como abono salarial, seguro-desemprego, seguro-defeso), mas também atacar privilégios do setor público, como auxílios (refeição, moradia, creche) — remunerações que furam o teto do funcionalismo (R$ 39,2 mil) e até mesmo as férias de 60 dias de membros do Judiciário.
Os cortes de privilégios também poderiam garantir a postergação do auxílio emergencial até o final do ano, com valor menor.
O que é o Renda Brasil
Anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o Renda Brasil é o novo programa de renda mínima do governo federal. Será uma espécie de “novo” Bolsa Família.
A ideia do Renda Brasil ganhou força após a criação do auxílio emergencial, benefício concedido pelo governo para brasileiros devido a pandemia do coronavírus. Vai unificar uma série de programas sociais em uma única política de renda básica.
Quem tem direito ao Renda Brasil
O Bolsa Família é pago a pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza. Atualmente, mais de 20 milhões de pessoas o recebem, segundo a Caixa Econômica Federal. A ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, é aumentar o número de famílias aptas a receber. No entanto, ainda não há detalhes sobre os pré-requisitos.