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Aumento no preço do diesel eleva custo do frete e impacta o preço dos alimentos


Por Redação / Agora Publicado 09/02/2025
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Foto ilustrativa

O recente aumento de R$ 0,22 no litro do diesel, anunciado pela Petrobras, deve provocar uma elevação de 2% a 2,5% no custo do transporte rodoviário de cargas, o que terá reflexos diretos nos preços de alimentos e outros produtos que chegam aos supermercados, farmácias e lojas em todo o Brasil.

O transporte rodoviário é a principal forma de distribuição de mercadorias no país, com mais da metade da carga sendo movimentada por rodovias. Por isso, qualquer alteração no preço do diesel, combustível utilizado em caminhões, tem efeito imediato no valor do frete, que representa cerca de 35% do custo total do transporte. O aumento do diesel, que deve chegar às bombas dentro de duas semanas, segundo Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC&Logística, é um fator que impacta a economia de forma cascata.

O coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, explica que, embora o aumento seja inevitável, não é possível prever com precisão quando o impacto será sentido nos preços ao consumidor. A razão para essa incerteza está nos contratos de frete rodoviário, que estabelecem preços fixos com renegociação anual. No entanto, os caminhoneiros autônomos, conhecidos como freelancers, devem repassar rapidamente o aumento, assim que começarem a abastecer com o combustível mais caro.

Além de afetar diretamente o transporte rodoviário, o diesel também tem impacto em outras áreas. Ele é usado em máquinas agrícolas, para a geração de energia elétrica em usinas termelétricas e no transporte urbano, como os ônibus. Isso significa que o aumento no preço do diesel tem um efeito indireto considerável na inflação, afetando o custo de produtos consumidos nas grandes cidades, como alimentos, roupas e até veículos.

O impacto do diesel no preço dos alimentos, especialmente em itens básicos como arroz e feijão, é maior do que em produtos com maior valor agregado, como eletrodomésticos, eletrônicos e carros. Mesmo com investimentos em outras formas de transporte, como ferrovias, cabotagem e navegação interior, o transporte rodoviário continuará sendo fundamental para o abastecimento de mercadorias até os pontos de venda, como supermercados e farmácias.