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Ao contrário de Porto Alegre, capitais brasileiras enfrentam longos períodos sem chuva


Por Redação Publicado 16/09/2024
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El ninho temporal chuva agora no vale

O Brasil vive um dos períodos mais intensos de seca, afetando diversas capitais do país, conforme monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Cenário que contrasta com o que viveu o RS, e assim também sua capital, Porto Alegre, com recentes longos períodos de chuva e enchentes.

A cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, é a que está há mais tempo sem chuva, totalizando 150 dias até o último domingo, 15 de setembro.

Brasília e Goiânia seguem logo atrás, com 146 e 144 dias sem precipitações, respectivamente. Além dessas cidades, outras capitais também estão sofrendo com a estiagem prolongada, como Cuiabá (121 dias) e Palmas (119 dias). A falta de chuvas está diretamente relacionada à piora na qualidade do ar, que se agrava com a fumaça das queimadas que cobrem boa parte do território brasileiro.

Ranking das capitais brasileiras com mais tempo sem chuva:

  1. Belo Horizonte (MG) – 150 dias
  2. Brasília (DF) – 146 dias
  3. Goiânia (GO) – 144 dias
  4. Cuiabá (MT) – 121 dias
  5. Palmas (TO) – 119 dias
  6. Teresina (PI) – 57 dias
  7. São Luís (MA) – 47 dias
  8. Fortaleza (CE) – 25 dias
  9. Manaus (AM) – 9 dias

Qualidade do ar em alerta

Com a seca prolongada, a qualidade do ar nas capitais mais afetadas se tornou uma preocupação crescente. Segundo o Índice de Qualidade do Ar (AQI), as concentrações de poluentes em algumas cidades já atingem níveis que podem impactar a saúde da população.

  • Belo Horizonte: 81 (moderado)
  • Brasília: 60 (moderado)
  • Goiânia: 77 (moderado)
  • Cuiabá: 137 (não saudável para grupos sensíveis)
  • Palmas: 90 (moderado)

Especialistas alertam que a baixa umidade do ar, intensificada pela falta de chuvas, pode aumentar os casos de doenças respiratórias, especialmente em regiões onde a qualidade do ar está piorando.

Recomendações para se proteger da seca e da fumaça

Com a baixa umidade e a presença de fumaça intensa em várias regiões, o Ministério da Saúde emitiu orientações para proteger a população:

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos;
  • Permanecer em ambientes fechados e usar ar-condicionado ou purificadores de ar;
  • Evitar atividades físicas ao ar livre em horários com alta concentração de poluentes (12h às 16h);
  • Utilizar máscaras adequadas, como N95, PFF2 ou P100, para reduzir a inalação de partículas finas;
  • Redobrar os cuidados com crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes.

A expectativa agora é que as chuvas retornem em breve para amenizar os efeitos da estiagem e melhorar a qualidade do ar nas regiões mais afetadas.