Ao contrário de Porto Alegre, capitais brasileiras enfrentam longos períodos sem chuva
Belo Horizonte lidera com 150 dias sem precipitações
O Brasil vive um dos períodos mais intensos de seca, afetando diversas capitais do país, conforme monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Cenário que contrasta com o que viveu o RS, e assim também sua capital, Porto Alegre, com recentes longos períodos de chuva e enchentes.
A cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, é a que está há mais tempo sem chuva, totalizando 150 dias até o último domingo, 15 de setembro.
Brasília e Goiânia seguem logo atrás, com 146 e 144 dias sem precipitações, respectivamente. Além dessas cidades, outras capitais também estão sofrendo com a estiagem prolongada, como Cuiabá (121 dias) e Palmas (119 dias). A falta de chuvas está diretamente relacionada à piora na qualidade do ar, que se agrava com a fumaça das queimadas que cobrem boa parte do território brasileiro.
Ranking das capitais brasileiras com mais tempo sem chuva:
- Belo Horizonte (MG) – 150 dias
- Brasília (DF) – 146 dias
- Goiânia (GO) – 144 dias
- Cuiabá (MT) – 121 dias
- Palmas (TO) – 119 dias
- Teresina (PI) – 57 dias
- São Luís (MA) – 47 dias
- Fortaleza (CE) – 25 dias
- Manaus (AM) – 9 dias
Qualidade do ar em alerta
Com a seca prolongada, a qualidade do ar nas capitais mais afetadas se tornou uma preocupação crescente. Segundo o Índice de Qualidade do Ar (AQI), as concentrações de poluentes em algumas cidades já atingem níveis que podem impactar a saúde da população.
- Belo Horizonte: 81 (moderado)
- Brasília: 60 (moderado)
- Goiânia: 77 (moderado)
- Cuiabá: 137 (não saudável para grupos sensíveis)
- Palmas: 90 (moderado)
Especialistas alertam que a baixa umidade do ar, intensificada pela falta de chuvas, pode aumentar os casos de doenças respiratórias, especialmente em regiões onde a qualidade do ar está piorando.
Recomendações para se proteger da seca e da fumaça
Com a baixa umidade e a presença de fumaça intensa em várias regiões, o Ministério da Saúde emitiu orientações para proteger a população:
- Aumentar a ingestão de água e líquidos;
- Permanecer em ambientes fechados e usar ar-condicionado ou purificadores de ar;
- Evitar atividades físicas ao ar livre em horários com alta concentração de poluentes (12h às 16h);
- Utilizar máscaras adequadas, como N95, PFF2 ou P100, para reduzir a inalação de partículas finas;
- Redobrar os cuidados com crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes.
A expectativa agora é que as chuvas retornem em breve para amenizar os efeitos da estiagem e melhorar a qualidade do ar nas regiões mais afetadas.