Agroindústria de embutidos Rigoni de Anta Gorda está oficialmente legalizada


Por meio do registro, a agroindústria também está apta a adotar o Selo Sabor Gaúcho do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf) do Governo do Estado
Desde o começo do mês de julho a agroindústria de embutidos Rigoni, de Anta Gorda, está oficialmente legalizada. A entrega do documento que certifica oficialmente o empreendimento nas áreas tributária, sanitária e ambiental, foi realizada por representantes da Emater/RS-Ascar, consolidando uma história de décadas de produção de derivados de suínos pela família. Por meio do registro, a agroindústria também está apta a adotar o Selo Sabor Gaúcho do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf) do Governo do Estado, em seus produtos.
“Para nós, esta é a consolidação de um sonho, especialmente do nôno”, comenta Lisângela Rigoni Bortolini, a respeito do pai, seu Saul Rigoni, que há mais de 70 anos produz linguiças e salames para o consumo da família. Mesmo com um grande histórico de elaboração de embutidos, a percepção de que este poderia, de fato, se tornar um negócio, ocorreu apenas sete anos atrás, com o apoio da Emater/RS-Ascar. “Foi aí que os projetos de financiamento saíram do papel e a agroindústria começou a tomar forma”, resume.
Para Lisângela, um dos estímulos foi o fato de a Emater/RS-Ascar ter auxiliado na desburocratização dos processos. “Em pouco tempo conseguimos construir o prédio e adquirir equipamentos como serra, misturador, embutideira, defumador, mesas e balança, entre outros”, explica. Abatidos em um frigorífico parceiro, os suínos criados em ciclo completo são processados no local, onde se transformarão em linguiças defumadas – o carro-chefe, salames, copas, torresmo, banha, lombo, carré, costela e salsichão.
A expectativa de ampliar o mercado para todo o Estado, já que Anta Gorda está habilitada para esta modalidade de comercialização pela Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) – o antigo Cispoa – da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), também é uma das motivações da família. Políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) também podem ser uma oportunidade para a venda direta, com preço justo. “A gente vê a legalização como uma forma para crescer”, avalia Saul.
Para o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, a agroindústria familiar é o projeto completo que representa o somatório de ações envolvendo muitas parcerias, com boa aplicação de recursos – muitos deles oriundos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). “É dessa forma que a política pública chega aos agricultores, com acompanhamento do serviço de extensão rural em todas as etapas”, salientou.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional Lajeado