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Monitoras da educação infantil protestam em Lajeado


Por Redação / Agora no Vale Publicado 22/02/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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Ação ocorre durante o dia, em decorrência da morte da monitora Catia Alexandra Facioni, vítima da Covid-19. Grupo quer ser vacinado para seguir com aulas

Monitoras das Escolas de Educação Infantil (Emeis) de Lajeado farão protestos durante esta segunda-feira, 22. As manifestações foram confirmadas em pelo menos nove creches do município, e ocorrem em razão da morte da monitora Catia Alexandra Facioni, de 34 anos, ocorrida na madrugada deste domingo, 21, após ela estar 14 dias internadas no Hospital Estrela para tratamento da Covid-19.

As monitoras irão vestir preto e, em turno inverso ao trabalho, farão atos em frente as escolas, com a exposição de cartazes em homenagem a colega que foi vítima do coronavírus. Nas redes sociais, as servidoras se manifestam, relatando insegurança a instabilidade emocional após a morte da monitora. “Nós, educadores e todos os funcionários ligados diretamente as escolas, somos e queremos continuar sendo linha de frente, mas para isso precisamos de segurança.”

Outro trecho do texto mostra o sentimento de angústia vivido pelas profissionais. “O voltar hoje foi pesado, foi triste e foi dolorido. Como explicar para este aluno, esta criança, esse ser humano em formação, que o vírus na qual causou uma pandemia mundial,  tornou a sua  educadora numa estrelinha?”, indaga.

Catia trabalhava na Emei Criança Feliz, do Bairro Campestre, de Lajeado. A escola foi fechada na semana passada, após ser constatado um surto de Covid-19, onde seis funcionários – entre eles estava Catia – testaram positivo para a infecção. Outros dois funcionários estavam sob suspeita da contaminação.

A escola retornaria às atividades nesta segunda-feira, 22. Porém, com a nova determinação do governo do Estado e a classificação prévia do distanciamento controlado em bandeira preta, a volta às aulas na instituição foi suspensa.

CARTA DAS MONITORAS

“Sabemos que o conhecimento, é um legado que ninguém nos tira.
Mas como fazer a população entender que, para uma melhor qualificação dos seus filhos o agente mediador de conhecimento também precisa e (agora mais do que nunca) merece reconhecimento?
Queremos tanto o retorno das escolas com aulas presenciais, certo?
Mas elas não pararam, apenas o modo de aprender ficou diferente e vamos admitir, BEM CHATO E DESGASTANTE, não é mesmo?
Muitos foram os comentários desqualificadores e pejorativos, direcionados para aqueles que se viram da noite para o dia, imersos num novo:
“Fazer aprender”.

É inegável reconhecer que a saúde mental de toda a população está abalada, realmente isso é inegável. Não se iludam, todos nós estamos passando por um processo de mudança, uns apenas disfarçam bem.
E, é primordial neste momento contar uns com os outros, para que possamos passar por esta situação que nos causa tanta insegurança, incertezas e instabilidade emocional.
Nós educadores e todos os funcionários ligados diretamente as escolas, somos e queremos continuar sendo linha de frente, mas para isso precisamos…
Eu, você e nós
Todos lutarmos por uma escola sem luto, que o retorno das aulas presenciais seja somente com a vacina.
Confessamos: Ao mesmo tempo que estávamos angustiados com retorno para as escolas, estávamos sim, FELIZES, ESPERANÇOSOS E COM MUITAS SAUDADES DOS NOSSOS ALUNOS, DAS NOSSAS CRIANÇAS.
Queremos voltar, precisamos voltar, necessitamos voltar.
Mas o voltar hoje, foi pesado, foi triste e foi dolorido. Como explicar para este aluno, esta criança, esse;
que o vírus na qual causou uma pandemia mundial, tornou a sua educadora numa estrelinha?

Termo que muitas vezes usamos para com os pequenos, para elaborar o luto, a morte. Já que este é um assunto tão difícil de entender, de ensinar.
Pois, é Cátia, a educação de Lajeado está de luto. Hoje o movimento é em prol a você, em respeito a sua partida, que não será em vão. Como disse o autor Deive Leonardo:
“ Legado não é o que você deixa PRAS pessoas, legado é o que você deixa NAS pessoas”. E você deixou em nós o de luta.Por isso lançamos o movimento

SE A ESCOLA É SERVIÇO ESSENCIAL, VACINA PARA OS EDUCADORES É PRIMORDIAL. LUTA SEM LUTO.

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