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La Niña pode refletir em chuvas abaixo da média


Por Redação / Agora no Vale Publicado 13/10/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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Escassez deve iniciar em novembro e trazer perdas significativas para as lavouras de verão

Os modelos de previsão para definição do evento El Niño Oscilação Sul (ENOS) do International Research Institute for Climate and Society (IRI), utilizados pelo Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), apontam para uma probabilidade acima de 70% de que as condições de La Niña se iniciem durante a primavera de 2021 e permaneçam até o verão 2021/2022.

O prognóstico climático para o mês de outubro indica redução da chuva e aumento da temperatura diurna, o que produz aumento da evapotranspiração, especialmente na segunda quinzena do mês.

Para o mês de novembro, os modelos também apontam para uma redução de chuva, com predomínio de noites mais frias e dias mais quentes, padrão característico de períodos muito secos. Já para dezembro, são esperados padrões de chuva e temperaturas mais próximas da média climatológica.

As previsões trimestrais do Copaaergs são obtidas por meio do Modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas (CPMET) da UFPel.

O boletim do Conselho é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Plantio antecipado

O produtor Vilson Pedro Schmidt de Alta Forquetinha, interior de Canudos do Vale antecipou o plantio de milho para escapar de uma possível estiagem nos próximos meses.

“Aqui ainda faz bastante frio tardio, mas plantamos antes para quando em dezembro o milho entrar na fase do pendoamento talvez as chuvas sejam mais regulares.”

Neste ciclo serão cultivados três hectares, destinados à confecção de silagem. Outra preocupação, além da estiagem, é o custo dos insumos.

“A ureia, adubo e diesel subiram mais de 100% em comparação ao ano anterior e quase inviabilizam o plantio. Hoje, calculando todas as despesas no ciclo, o hectare tem um custo de R$5 mil. Agora é torcer para pelo menos colher alguma coisa.”

Orientações gerais

– Consultar os serviços de previsão de tempo e clima, para o planejamento, manejo e execução das operações agrícolas (www.inmet.gov.brwww.cpmet.ufpel.tche.br, www.cptec/inpe.br)

–  Consultar a assistência técnica da Emater, Irga, Cooperativas e outras para o planejamento e implantação das culturas de primavera-verão e para finalização da colheita das culturas de outono-inverno

– Consultar as recomendações dos zoneamentos agrícolas de risco climático (www.agricultura.gov.br) para definição das cultivares/variedades, regiões e épocas de semeadura/plantio

– Escalonar a época de semeadura/plantio e utilizar cultivares de ciclos diferentes

– Utilizar densidade de plantas indicada para cultura

– Dar preferência ao plantio direto na palha. Não sendo possível, mobilizar minimamente o solo, por ocasião do preparo e da semeadura

– Dentro do sistema de produção, observar práticas de rotação de culturas

– Descompactar o solo, quando necessário

– Implantar as culturas em condições adequadas de umidade e temperatura do solo

– Dar ênfase ao monitoramento de doenças e pragas

– Seguir as indicações técnicas provenientes da pesquisa e da extensão

–  Dado o histórico de variabilidade da precipitação pluvial no Estado buscar, como estratégia para minimizar riscos, investir em sistemas de irrigação e armazenamento de água

– Para culturas de primavera-verão, irrigar sempre que possível. Monitorar as culturas quanto a real necessidade/quantidade de água a ser aplicada

Fonte – Copaaergs