Transtorno do Estresse Pós Traumático. Você já ouviu falar?


Eventos aleatórios, acidentes, acontecimentos trágicos e ocorrências inesperadas estão, infelizmente, suscetíveis a acontecer na nossa história de vida. Assalto, acidente de carro, um atentado ou uma catástrofe natural, são exemplos de situações sensíveis que podem mobilizar traumas emocionais de forma abrupta.
O Transtorno do Estresse Pós Traumático (TEPT) é uma patologia que se caracteriza pela presença de sintomas específicos que se manifestam após a vivencia e/ou testemunho do sujeito a um evento traumático e a persistência e dificuldade em se regular e retomar as atividades normais da vida.
Os sintomas mais comuns estão relacionados a persistência de lembranças sobre o momento traumático vivenciado e a maneira repentina e intensa como se manifestam. Podem incluir sintomas fisiológicos como sudorese, tremores e sequencia de episódios de náusea. Comportamento de esquiva e evitação, resistência frente a exposição a lugares que possam remeter qualquer lembrança relacionada ao acorrido, dificuldades no sono, desânimo, ansiedade e persistência de pensamentos assustadores. Vale ressaltar que para o diagnóstico são necessárias demais avaliações profissionais, incluindo diagnóstico diferencial e tempo de persistência e inicio dos sintomas.
No inicio de setembro vivenciamos na Região dos Vales um episódio catastrófico relacionado as cheias do Rio Taquari. Estivemos expostos a um alto índice de estresse e sofrimento decorrentes da situação que acometeu a todos, alguns de forma mais direta e outros de forma mais indireta. Cada um de nós sentiu de uma forma diferente as suas emoções e sentimentos, bem como, cada um terá a sua maneira de lidar/manejar com o ocorrido e com os sentimentos vindos a partir dele (precisamos respeitar isso).
É importante salientar que nem todas as pessoas que estiveram, direta ou indiretamente presentes desenvolverão sintomas de estresse pós traumático, isso estará relacionado a cada sujeito de forma individual e assim o deve ser avaliado por profissional da área e análise dos aspectos sintomatológicos apontados pelo paciente. O tratamento existe e normalmente está relacionado ao uso de medicamento (orientado pelo médico) e psicoterapia associada.
Atente aos seus, a sua família, aos seus amigos. Atente as crianças. Oriente e busque ajuda.
INFORME-SE.
Daqui, um abraço afetuoso,
Psicóloga Mauri Moraes
CRP07/26581
Grupo CESM