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VAMOS FALAR DE INFLUENZA…


Por Redação / Agora Publicado 23/05/2023
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A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global e com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de influenza podem variar de quadros leves a graves e podem levar ao óbito.

É uma infecção respiratória aguda, causada pelos tipos A, B, C e D, sendo os vírus A e B responsáveis por epidemias sazonais. Além disso, o vírus influenza A encontra-se especificamente associado a eventos pandêmicos, como o ocorrido em 2009 com a pandemia de influenza A (H1N1).

O vírus influenza C não causa doença de importância epidemiológica e o vírus influenza D foi recentemente identificado em bovinos. Dependendo da virulência dos vírus circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta substancialmente, não apenas por infecção primária, mas também pelas infecções secundárias por bactérias.

O período de incubação dos vírus influenza é geralmente de dois dias, variando entre um e quatro dias. Os sinais e os sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática até formas graves. Os quadros graves ocorrem com maior frequência em indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, lactentes no primeiro ano de vida e crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, idosos com 60 anos ou mais e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada para uma pessoa suscetível. A síndrome gripal (SG) se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga.

A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três por cinco dias após o desaparecimento da febre. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização.

Em situações onde ocorre agravamento dos casos, estes podem evoluir para a síndrome respiratória aguda grave (Srag) ou mesmo óbito. O uso do antiviral está indicado para todos os casos de Srag e casos de SG com condições e fatores de risco para complicações pela influenza Nos casos de pacientes com SG, o início do tratamento deve ser preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.

Estamos vendo neste ano uma grande associação de Influenza com miosite, geralmente ocorre em crianças na faixa etária dos 5-10 anos, que durante o quadro de Influenza (febre, dor de cabeça, coriza e dor de garganta) passam a apresentar dores musculares de forte intensidade nas costas e nas pernas, de forma simétrica, frequentemente levando a dificuldade de marcha.

Os exames laboratoriais apontam para um aumento significativo e rápido das enzimas musculares (CPK, TGO e aldolase), o quadro é autolimitado na maioria das vezes, com melhora em até 3 dias , e resolução completa em 2-3 semanas. O tratamento recomendado é direcionado ao controle e alivio dos sintomas e terapia viral.

A influenza tem proteção vacinal, que a cada ano é atualizada a vacina para as cepas mais frequentes no ano anterior. As vacinas influenza trivalentes utilizadas no Brasil a partir de fevereiro de 2023 deverão apresentar 3 tipos de cepas de vírus em combinação:

  • a. A/Sydney/5/2021 (H1N1)pdm09
  • b. A/Darwin/9/2021 (H3N2)
  • c.B/Áustria/02/1359417/2021 (linhagem B/Victoria)

A vacina é bem segura, vamos vacinar.

Conteúdo escrito pela

Caroline krein
Pediatra
51 37091881