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Último mês de aulas: saiba como a pressão por boas notas e desempenho pode não ser a melhor escolha


Por Redação / Agora Publicado 21/11/2023
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Eu sempre digo que uma boa comunicação, dedicação e tempo de qualidade para conversar e ouvir os filhos é fundamental. E neste caso não seria diferente: final de ano pode ser muito estressante para qualquer pessoa, mas colocar essa pressão toda que nós adultos sofremos de vários lados pra cima de nossos filhos é exigir que essas crianças e adolescentes consigam lidar com algo que ainda não são maduros o suficiente para suportarem sem sofrer. Se muitas vezes nem a gente consegue, porque fazemos isso com eles?

A pressão dos pais e da escola faz parte da rotina da maioria das crianças e adolescentes, tornando-se mais intensa no período das provas e vestibulares, mas o estresse que essa pressão gera pode impactar negativamente no bem-estar e na saúde mental deles através de autocobrança e ansiedade, dificultando ainda mais qualquer desempenho. Quando falamos em pressão, entram também as disputas entre os colegas com relação às notas, as várias atividades extracurriculares que os pais muitas vezes submetem seus filhos durante todo o ano, além das cobranças do dia a dia como realizar as tarefas em casa e as tarefas da escola.

Mas a infância não precisa e nem deve ser uma corrida, muitos pais se sentem pressionados a dar aos filhos todas as oportunidades e fazer deles os melhores em tudo, quando muitas vezes eles só querem jogar bola, desenhar livre ou dançar, e não ser um jogador de futebol, desenhista ou bailarina. Crianças precisam muito mais do que superar as expectativas dos adultos, sendo eles pais, professores, avós, precisam também de algum tempo livre para serem criativos, para descobrir coisas novas através de suas próprias vivências, assim, podem aprender a pensar por si mesmas, ao invés de só fazer o que lhes é pedido. Isso se chama autonomia e proatividade. Uma criança que apenas segue o roteiro dos pais, pode não aprender a olhar para dentro de si mesma e saber quem é, porque está ocupada tentando ser o que nós queremos que ela seja. Nossos filhos não precisam ser os melhores naquilo que fazem, contanto que se esforcem para dar o seu melhor, seja em casa, com os estudos, com os amigos.

Sendo assim, é importante evitar comparações e cobranças excessivas, evitando assim que sintam angústia, sentimento de culpa, baixa autoestima. Também, é importante não depositar suas próprias expectativas e sonhos para seu filho, eles são seus e mesmo que enquanto pais acreditamos que sabemos o que é melhor para nossos filhos, são eles mesmos que, ao longo de seu desenvolvimento, vão conhecendo e descobrindo.
Para tanto é fundamental que os pais estejam abertos ao diálogo, apoio e incentivo, como formas de ajudar os filhos a lidar com as próprias emoções, dando tempo para que aprendam sobre a vida, para que entendam a importância e valor dos estudos, da família. Se possível, estimule seu filho a praticar algum exercício físico, brincar com amigos ou realizar alguma atividade de diversão e relaxamento. Momentos de pausa também são importantes, além de uma boa noite de sono. Auxilie seu filho a encontrar o equilíbrio e aproveitar a vida. A vida não precisa ser suportada, ela pode e deve ser vivida com afeto, acolhimento, paciência e união.

Contéudo escrito pela profissional:
Natália Witezorek
Educadora Parental
@natiwitezorek