Ao clicar em "Continuar navegando", você concorda com o uso de Cookies e com a Política de privacidade do site.

Separação: como minimizar os impactos na nossa vida e na dos nossos filhos


Por Redação / Agora Publicado 16/01/2025
Ouvir: 00:00
WhatsApp Image 2025-01-16 at 08.51.43

Quando pensamos em separação, logo associamos o processo à dor e ao desafio emocional que ele impõe a todos os envolvidos. Essa transição é intensa tanto para os pais quanto para os filhos, e o bem-estar emocional dos adultos desempenha um papel crucial para garantir o equilíbrio psicológico das crianças. Quando os pais conseguem lidar de forma saudável com suas próprias emoções, eles criam um ambiente mais estável, ajudando os filhos a enfrentarem as mudanças de maneira mais segura.

O impacto emocional nas crianças
As crianças, naturalmente, são sensíveis às emoções dos pais. Se percebem ansiedade, tristeza ou conflitos constantes, podem refletir essas tensões em comportamentos como:

  • Ansiedade;
  • Tristeza persistente;
  • Dificuldades de concentração ou queda no desempenho escolar;
  • Irritabilidade;
  • Inseguranças e medos;
  • Dificuldade em confiar nos relacionamentos futuros.

Por outro lado, pais que demonstram estabilidade emocional oferecem um modelo positivo, permitindo que as crianças se sintam mais confiantes e seguras, mesmo durante as inevitáveis mudanças que a separação traz.

O papel do diálogo e da empatia
A comunicação aberta e empática é essencial nesse processo. Explicar às crianças o que está acontecendo, de forma clara e adequada à idade delas, ajuda a reduzir dúvidas e sentimentos de culpa. É importante que elas saibam que não são responsáveis pelo término e que continuam sendo amadas por ambos os pais.

Além disso, manter a rotina previsível — com horários consistentes para escola, atividades e convivência com os pais — pode criar uma sensação de segurança em meio à instabilidade.

Evite conflitos na frente das crianças
Discussões ou desentendimentos entre os pais na presença dos filhos podem causar danos emocionais significativos. Algumas atitudes que devem ser evitadas incluem:

  • Discussões ou acusações em frente às crianças;
  • Usar os filhos como intermediários entre os pais;
  • Fazer comentários depreciativos sobre o outro genitor.

Manter o respeito mútuo, mesmo em momentos difíceis, reduz o impacto emocional e promove um ambiente mais saudável para todos.

A importância de cuidar de si mesmo
Em meio ao cuidado com os filhos, os pais muitas vezes se esquecem de cuidar de si. No entanto, lidar com as próprias emoções é essencial para oferecer suporte aos filhos. Permita-se processar sentimentos como tristeza, raiva ou insegurança e busque apoio quando necessário.

Algumas sugestões incluem:

  • Praticar atividades que proporcionem bem-estar, como exercícios físicos ou hobbies;
  • Buscar apoio psicoterapêutico;
  • Reconhecer que pedir ajuda é um ato de força, não de fraqueza.

Cuidar da saúde mental e física permite que os pais sejam uma presença estável e positiva na vida dos filhos.

Encarando a separação como uma transição
Embora a separação marque o fim de uma etapa, ela também representa o início de uma nova fase. Adotar essa perspectiva pode ajudar tanto os pais quanto os filhos a encararem o futuro com esperança e disposição para recomeçar. Enfrentar esse processo com paciência, consciência e empatia fortalece os vínculos familiares, mesmo em uma nova configuração.

A separação pode trazer desafios, mas também oportunidades de crescimento e descoberta, criando um ambiente onde o amor e o cuidado permanecem, independentemente das mudanças.

Natália Witezorek
Psicóloga
Instagram: @natiw.psico
Whatsapp: 51985071505

Natalia-Witezorek