Quais os riscos em iniciar a introdução alimentar antes da hora certa?


A introdução alimentar é o período compreendido entre os seis meses (ou mais) aos dois anos de idade do bebê, quando ele vai conhecer os sabores, cores e texturas dos alimentos e aprender a comer.
Para que essa fase se inicie, alguns aspectos precisam ser avaliados e o primeiro deles é a idade. O bebê precisa ter pelo menos 6 meses, assim garantimos uma maturidade mínima do trato gastrointestinal para começar a receber alimentos sólidos. Tendo seis meses, avaliaremos os sinais de prontidão, que são:
- demonstrar interesse pelo alimento consumido por outras pessoas;
- levar objetos até a boca;
- não empurrar os alimentos para fora da boca com a língua (reflexo de protrusão);
- sentar com o mínimo de apoio: o bebê que tomba ao sentar tem risco aumentado de engasgo, por isso é muito importante que a introdução de alimentos só inicie quando a criança consegue ficar sentada sozinha ou com pouco apoio.
Essas orientações são iguais independentemente se o bebê recebe leite materno ou fórmula. E por que não podemos começar a oferta de alimentos se o bebê não apresenta todos os sinais de prontidão? Pois, quando a introdução alimentar começa antes do momento certo, há aumento no risco de engasgo, de alergia alimentar e de recusa alimentar.
Vale lembrar que até o primeiro ano de vida o leite materno (ou fórmula) é a maior fonte de calorias e nutrientes para a criança, sendo assim, devemos esperar até os sinais de prontidão estarem presentes. Mesmo que a mãe precise voltar a trabalhar antes, não é indicado antecipar a oferta de alimentos, pois tentar introduzi-los antes que a criança esteja preparada pode até diminuir o consumo alimentar.
Para sanar essa e outras dúvidas, não deixe de consultar uma nutricionista materno infantil, seu filho merece esse cuidado.
por Bianca Grandi
Nutricionista especialista em Nutrição Materno infantil
Mestranda em Pediatria e Saúde da Criança
51 999090816
Instagram: @nutribiancagrandi

