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Parto Normal ou Cesárea?


Por Redação / Agora Publicado 09/05/2023
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Todos os dias vemos as pacientes chegando no fim da gravidez e ainda se questionando sobre parto ou cesárea? Se quer parto, acaba ouvindo coisas como: – Sua louca, pra que sentir dor? vai rasgar tudo! Se a opção é por cesárea, as críticas também ocorrem: tem certeza? Pensa bem, uma cirurgia! Imagina a recuperação depois….

Tudo nessa vida há prós e contras, não existe o certo, tem o melhor para a gestante e o bebê.
Elencar os prós e contras, e escolher o que acredita ser o melhor para si e seu filho, é demonstrar empoderamento. Nesse âmbito, é possível fazer uma real escolha, com apoio de profissionais capacitados.

Sabe-se que o parto tem muitos benefícios, dentre eles a recuperação mais rápida, melhor descida do leite, o protagonismo da mulher em parir, maior chance de conseguir realizar a Golden hour, amamentar na primeira hora de vida, menos risco de hemorragia, de infecção. Atualmente já sabemos que na passagem do bebê pelo canal vaginal há uma compressão do tórax, fazendo com que toda a água que está dentro do pulmão saia, e que respirar pela primeira vez seja bem mais fácil, diminuindo os riscos de aspiração e necessidade de aspirar as vias aéreas.

Além disso, também há o fator de colonização do trato respitório e gastro intestinal pelos lactobacilos que fazem parte da flora vaginal e isso faz diminuir a chance de intolerâncias alimentares, alergias, diabetes, obesidade na vida adulta daquele bebê.

Por sua vez, a cesárea é um procedimento fruto da evolução médica, sendo em alguns casos uma intervenção necessária e salvadora. Existem indicações absolutas desta cirurgia, sendo elas herpes genital ativo, feto transverso, placenta prévia oclusiva, desproporção céfalo-pélvica, prolapso de cordão, mais de 2 cesáreas prévias. Existem indicações relativas, sendo que sempre deve-se refletir de que o modo mais seguro é aquele que seu obstetra tem maior experiência e que faça o bebê nascer mais rápido, dentre eles a macrossomia fetal, diabetes, sofrimento fetal, mecôneo, pélvico, gemelares, placenta prévia não oclusiva, quadro psiquiátrico materno, HIV.

E a mais importante de todas, respeitar o desejo materno enquanto haja a segurança de bem estar da mãe e bebê.

Conteúdo escrito pela
Dra Bárbara Lambert
Ginecologista e obstetra
Clinica Ricto 51 996207175