O tempo de TELA e os seus impactos na aprendizagem


O tempo que passamos diante das telas de um smartphones, tablets, computadores e televisores tem crescido exponencialmente nos últimos anos, transformando a forma como interagimos com o mundo. No entanto, essa crescente exposição a dispositivos eletrônicos tem levantado preocupações sobre seus possíveis impactos na aprendizagem, especialmente em crianças e adolescentes.
A Sociedade de Pediatria Brasileira (SBP) atualizou o Manual de Orientação sobre Saúde na Era Digital (2024) destacando as hashtags: #MenosTelas e #MaisSaúde. Nesse material, os profissionais apontam os seguintes limites de tempo de tela para as crianças:
- menores de 2 anos: evitar a exposição às telas, sem necessidade (nem passivamente!);
- entre 2 e 5 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 1 hora/dia, sempre com supervisão de pais/cuidadores/ responsáveis;
- entre 6 e 10 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 1-2 horas/dia, sempre com supervisão de pais/responsáveis.
- entre 11 e 18 anos: limitar o tempo de telas e jogos de videogames a 2-3 horas/dia, e nunca deixar “virar a noite” jogando. Aumento dos riscos à saúde e problemas comportamentais com o uso de mais de 4-5 horas/dia.
Por que é importante regular o uso das telas?
É essencial regular não apenas o tempo de uso das telas, mas também a forma como esse manuseio ocorre. Seguir as recomendações de médicos e especialistas ajuda as famílias a evitar questões como: desenvolvimento de transtornos do sono, problemas de saúde relacionados à postura, dificuldade de concentração, dificuldade de aprendizagem, depressão, ansiedade, problemas de visão e/ou audição, dependência, entre outros.
Como os pais podem regular esse tempo?
Muitas crianças e adolescentes têm grande interesse pelo conteúdo que encontram online. Cabe aos pais identificar os temas que mais cativam os filhos e procurar alternativas ligadas a esses interesses, mas que não envolvam o uso de dispositivos eletrónicos. Para gerir adequadamente o tempo de uso das telas, é essencial:
1)Conversar abertamente com as crianças e adolescentes;
2)Compreender o conteúdo que eles acessam online;
3)Propor atividades atrativas longe dos dispositivos;
4)Estabelecer previamente regras claras sobre o uso das telas.
Assim, os limites de tempo não serão uma surpresa desagradável para os filhos, que já terão ciência do que é permitido pelos pais.
O que fazer para equilibrar o tempo de tela e a aprendizagem?
Para equilibrar o tempo de uso de telas e a aprendizagem, é importante estabelecer limites claros para o uso de dispositivos; incentivar atividades físicas e brincadeiras ao ar livre; criar um ambiente propício para o estudo, sem distrações; garantir uma boa noite de sono, evitando o uso de telas antes de dormir; monitorar o conteúdo consumido online e conversar sobre ele; promover a leitura de livros e materiais impressos; e, se necessário, procurar ajuda profissional caso o tempo de tela afete o bem-estar ou o desempenho escolar.
O tempo de tela pode ser um aliado na aprendizagem, mas é fundamental que seja utilizado de forma equilibrada e consciente.
Ao estabelecer limites, promover atividades sem tela e estimular a interação social, é possível minimizar os impactos negativos do excesso de tempo online e garantir um desenvolvimento saudável e completo.
Referência:
Sociedade Brasileira de Pediatria: Grupo de Trabalho Saúde na Era Digital (2024). Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/24604c-MO__MenosTelas__MaisSaude-Atualizacao.pdf
por Aline Pin Valdameri
Psicopedagoga
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Instagram: @alinepinvaldameri

