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Leptospirose: veja principais sintomas


Por Redação / Agora Publicado 21/05/2024
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leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. A infecção ocorre através da penetração da bactéria na pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.

O período de incubação, ou seja, o intervalo de tempo entre a infecção e o início dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias, sendo normalmente de 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

As manifestações clínicas da leptospirose variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, com manifestações fulminantes. Em crianças, geralmente a leptospirose tem caráter benigno e baixa letalidade, com sintomas semelhantes aos observados em adultos.

A doença é dividida em duas fases: fase precoce e fase tardia.

Principais sintomas da fase precoce:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
  • Falta de apetite
  • Náuseas/vômitos

Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem se manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.

Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente se iniciam após a primeira semana de doença.

Manifestações na fase tardia:

  • Síndrome de Weil: tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa – icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar.
  • Síndrome de hemorragia pulmonar: lesão pulmonar aguda e sangramento maciço.
  • Comprometimento pulmonar: tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica.
  • Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA).
  • Manifestações hemorrágicas: pulmonares, cutâneas, mucosas, em órgãos e no sistema nervoso central.

O tratamento da leptospirose é realizado com o uso de antibióticos e deve ter acompanhamento médico.

Devido à insuficiência de evidências científicas sobre os benefícios e riscos do uso de quimioprofilaxia para um grande contingente populacional, o Ministério da Saúde não recomenda a quimioprofilaxia como medida de prevenção em saúde pública para casos de exposição populacional em massa durante desastres naturais, como enchentes. A orientação para profissionais de saúde, militares e membros da defesa civil expostos a situações de risco durante operações de resgate é utilizar equipamentos de proteção individual e aumentar o nível de alerta sobre o risco da doença entre os expostos, de forma a permitir o diagnóstico e tratamento oportunos dos pacientes.

Conteúdo escrito pela Pediatra de Lajeado, Carolina Krein