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Dia de Conscientização sobre a Epilepsia: entendendo e acolhendo nossas crianças


Por Redação / Agora Publicado 25/03/2025
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O Dia de Conscientização sobre a Epilepsia, celebrado anualmente em 26 de março, é mais do que uma data no calendário: é um convite para refletirmos sobre empatia, respeito e inclusão. A epilepsia é uma condição neurológica que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo muitas crianças e adolescentes, que enfrentam não apenas os desafios da doença, mas também o preconceito e a falta de informação nos ambientes onde mais deveriam se sentir seguras — como a escola e o convívio social.

Epilepsia na infância: o que precisamos saber
A epilepsia é um distúrbio do cérebro caracterizado por crises recorrentes, causadas por uma atividade elétrica anormal. Essas crises podem variar muito: algumas são sutis, como lapsos de atenção ou movimentos involuntários, enquanto outras envolvem convulsões mais intensas. As causas também são diversas, desde fatores genéticos, lesões cerebrais até infecções neurológicas.

Nas crianças, o impacto da epilepsia vai além dos sintomas físicos. A insegurança diante das crises, o medo de ser diferente e a reação dos colegas e professores podem afetar a autoestima e o desenvolvimento emocional. Por isso, é fundamental que pais, educadores e colegas estejam informados e preparados para lidar com a situação com naturalidade e acolhimento.

Mitos que prejudicam ainda mais os pequenos
Muitas crianças com epilepsia enfrentam preconceitos baseados em mitos que persistem há gerações. Entre os equívocos mais comuns estão:

“Epilepsia é contagiosa” — Falso. A epilepsia não é transmissível de forma alguma.

“Crianças com epilepsia não podem brincar ou estudar” — Falso. Com acompanhamento médico e suporte adequado, elas podem e devem ter uma vida ativa e plena.

“Durante uma crise, deve-se colocar algo na boca da criança” — Falso. Essa atitude pode causar ferimentos. O mais correto é manter a criança segura, deitada de lado, e esperar a crise passar.

Essas ideias equivocadas contribuem para a exclusão escolar e social, além de provocarem sofrimento emocional.

O papel da escola e da comunidade
As escolas são espaços fundamentais para a inclusão. Quando bem orientadas, as equipes pedagógicas conseguem garantir que crianças com epilepsia participem de todas as atividades com segurança e respeito. Isso inclui:

Capacitar professores e funcionários para agir corretamente durante uma crise.

Promover rodas de conversa e projetos pedagógicos que abordem a diversidade e as condições de saúde.

Incentivar os colegas a acolherem as diferenças, ensinando desde cedo o valor da empatia.

Além disso, ações comunitárias, como palestras, eventos e campanhas nas redes sociais, ajudam a espalhar informações corretas e quebrar o silêncio que ainda cerca a epilepsia.

Crianças que vivem com epilepsia: coragem e superação todos os dias
Cada criança com epilepsia é um exemplo de resiliência. Ao lidarem com consultas, medicamentos e incertezas, elas desenvolvem uma força admirável — e é nosso dever garantir que essa jornada não seja solitária nem marcada por preconceito.

A data de 26 de março é um lembrete de que conscientizar é também proteger. Ao informar, acolher e respeitar, damos às crianças com epilepsia o que toda infância merece: liberdade para brincar, aprender e sonhar, sem medo e sem julgamentos.

Conteúdo escrito por:
Vitoria Santana
Fonoaudióloga
Especialista em Linguagem e Neuropsicologia pelo CFFA
Especializada em Análise do Comportamento Aplicada – ABA e Neurociência e Aprendizagem.
Mestra em Ciências Médicas
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