Baixa produção de leite materno existe?
A produção de leite é um processo complexo e fascinante que ocorre no corpo da mulher para nutrir seu bebê.
Ele inicia durante a gravidez, quando a mulher passa por mudanças hormonais que preparam as glândulas mamárias para a lactação. À partir das 16 semanas já pode iniciar a produção de colostro, que é o primeiro leite.
Entre o 3º e o 4º dia após o parto, a descida do leite vai ser hormonal, ou seja, com a saída da placenta, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem para dar vez à prolactina e ocitocina. É aí que o seio pode ‘empedrar’.
Algumas desordens hormonais podem afetar esse processo, como por exemplo, alteração nos hormônios tireoidianos e insulina ou até mesmo SOP (síndrome de ovários policísticos) e hipoplasia mamária. Essas, entre outras, podem ser fator de risco para baixa produção de leite e devem ser acompanhadas por especialista durante a gestação e no início da lactação.
À partir da descida, a manutenção da produção é influenciada por vários fatores como a frequência, duração e efetividade das mamadas, a nutrição materna, o descanso adequado e a hidratação. Ela segue um princípio de oferta e demanda. Quanto mais e melhor o bebê drena a mama, mais o corpo da mãe é estimulado a produzir leite.
Como saber se o leite está suficiente para o bebê?
•Monitorando comportamento: bebê deve estar tranquilo e relaxado.
•Evacuações: a transição de cor do cocô deve ocorrer até o 5º dia de vida, passando de preto para amarelo. Nos primeiros 28 dias de vida, o bebê que se alimenta exclusivamente de leite materno, deve evacuar diariamente.
•Fraldas: um bebê hidratado deve molhar com xixi em torno de 7 fraldas por dia à partir da primeira semana de vida.
•Ganho de peso: em torno de 20 à 30g por dia deve ser o ideal, ou seja, pelo menos 600g em um mês e estar ascendente na curva da OMS.
Não existe leite fraco, mas a baixa produção de leite existe sim e a falsa sensação também, isso é facilmente confundido.
É muito importante garantir que o bebê receba a nutrição necessária para crescer de forma saudável.
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por Joanna Moraes
Consultora de Amamentação e Fonoaudióloga
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